Alterar o número de cadeiras em disputa nos legislativos paulistas era prática comum nas eleições realizadas nas décadas de 1950, 1960 e 1970. Em Mairiporã não era diferente. Na sétima legislatura, que compreendeu o período entre 1973 e 1976, uma vez mais a oferta de cadeiras foi reduzida. Passou de 10 para apenas 9, num parlamento que chegou a ter 15 vereadores. Essa nova redução dificultou a reeleição de nomes conhecidos. E dessas vítimas foi o vereador Francisco Pinto, que vinha de quatro vitórias consecutivas, e acabou derrotado. Voltaria na oitava legislatura, quando encerrou sua militância na vida pública da cidade.

Outro fator que chamou a atenção nessa sétima legislatura, foi a figura do suplente. Pela primeira vez na história legislativa da cidade, suplentes assumiam a condição de titular. E foram três de uma só vez: Antônio Caetano da Silva; Katsuyoshi Yokomizo e Luiz de Freitas. Nos registros eleitorais da cidade, também é a partir desse período que se conseguem informações sobre o número de votos dos eleitos. Trabalho realizado pelo jornalista Wagner Azevedo, organizou as informações a partir de então, e que passam a fazer parte deste histórico.

Outro fato importante é que foi nessa legislatura que se registrou a maior votação proporcional obtida por um candidato, até os dias de hoje. Ademar Coimbra conquistou 10,02% dos votos válidos, número que dificilmente será alcançado por outro político.

Em pleno regime militar, o MDB também merece destaque, pois conseguiu eleger um único vereador, João Rodrigues da Cunha (Belo). Os outros oito eram da Arena, partido criado durante a ditadura e que deu respaldo aos governo de então.

Texto produzido por Wagner Azevedo