A política dos anos 1960 era marcada por mudanças bruscas, sem nenhum critério técnico e ao sabor dos que mandavam. A cada eleição o número de cadeiras do parlamento municipal era modificado e na quinta legislatura da Câmara de Mairiporã o número de vagas em disputa subiu novamente, passando de 12 para 14, o que significa dizer que entre 10 e 15, todos esses números foram utilizados.
Outra curiosidade é que nesse período, 1964/1968, foram cinco anos de gestão e Rubens Cardoso César foi eleito pela segunda vez para a presidência, e a ocupou pelos quatro anos. Alguns nomes novos apareceram entre os eleitos e o período também marcou o encerramento da carreira política de Tadafumi Harada, que cumpriu o quinto mandato consecutivo. Anos depois, na década de 1980, seu filho Getulio Harada se elegeu vereador. Foi nessa legislatura que Luis Salomão Chamma se elegeria pela segunda vez, e última, pois a partir daí só se candidatou ao cargo de prefeito, que ocupou por três mandatos.
A quinta composição da Câmara tomou posse e, meses depois, passou a conviver com o regime ditatorial, após o golpe militar de 31 de março de 1964. Com essa mudança no quadro político, Mairiporã, a exemplo de milhares de outras cidades, passou a ter como principal partido a Arena (Aliança Renovadora Nacional).
Texto produzido por Wagner Azevedo