As eleições municipais de 1951, para escolha do prefeito e vereadores à gestão 1952/1955, trouxe uma mudança significativa em relação à primeira. O número de cadeiras na Câmara caiu 5,5%, passando de 15 para 11, o que tornou a disputa ainda mais acirrada. Para o Executivo, a novidade foi a criação da figura do vice-prefeito, cuja eleição passou a ser conjunta com a de prefeito. E dois vereadores da primeira legislatura deixaram a Câmara para assumir a Prefeitura: Lamartine Albuquerque Passarella (prefeito) e Florêncio Pereira (vice), que assim entraram para a históriacomo os primeiros políticos a iniciar carreira na Câmara e chegar à chefia do Poder Executivo.
Em relação ao pleito anterior, foram reeleitos quatro, do total de treze vereadores, já que dois disputaram a Prefeitura. Voltaram a ter assento na Câmara Francisco Brilha, Leonor de Oliveira, Iracy Rolim e Tadafumi Harada. As outras sete cadeiras ficaram com novos nomes, alguns iniciantes na política: Francisco Feliciano Ferreira da Silva Filho, Cândido Bueno de Moraes, João Pereira Prado, Juventil de Almeida Cardoso, Octávio Azeredo, Rubens Boni e Salvino da Fonseca. Ainda nessa legislatura, o presidente eleito do Poder Legislativo tinha mandato de quatro anos.
Embora fosse novidade para a população, a Câmara começava a dar importante contribuição para a coletividade e os primeiros passos como poder independente, porém sempre em consonância com a administração municipal. A partir da gestão 1952/1955 Mairiporã começava a conhecer políticos que fizeram carreira na história da cidade e vivenciava as primeiras divisões, com a criação de novos partidos e a divergência de opiniões.
Texto produzido por Wagner Azevedo